Hoje estava lendo sobre a importância de se ter uma razão para ser feliz. Que sempre alguém está feliz por alguma coisa, alguma motivo, por alguém, por si mesmo. Parece que temos sempre que ter uma causa para ser feliz, quase uma justificativa. Uma explicação para os que nos rodeiam de por que razão sorrimos, qual a razão dos olhos brilharem, de cantar sozinha no carro ou mesmo na frente de todo mundo. Ao mesmo tempo sempre temos que explicar a razão de estar triste, parece que estar sorumbático em alguns dias é como se fosse uma agressão ao mundo inteiro e torna um estar, em um ser e isso em dois toques.
Coisa estranha o animal humano... Para estar feliz é preciso motivo, para estar triste é preciso motivo, mas às vezes tenho a impressão que estar feliz perturba mais os outros do que uma tristeza sem fundamento... Quando encontro alguém tristonho sempre penso em tentar dar uma “levantada” no astral do indivíduo, mas na verdade é como se estivesse me protegendo da tristeza alheia. Que besteira. Ficar triste, às vezes, é bem bom. Ter um recanto e um momento para refletir. Para alguns é se entocar numa caverna verde e pensar, bem quietinha. Para outros é ver o mar, fazer um esporte, ouvir música, conversar com o gato, com o cachorro (nossa, eles ajudam muito em momentos de banzo!).
Juro que não sou bipolar, mas tenho passado por alternâncias de humor muito grandes (talvez seja uma prerrogativa de ser mulher). Algumas vezes me desconheço no meu agir, mas será que todos não somos um pouco assim? Às vezes me descubro mais triste do que deveria e me questiono a razão de tamanha tristeza e descubro que não tem razão que explique. Me vejo cansada, sem motivo. Desanimada, mesmo que esteja fazendo o que gosto. Claro que tudo na vida pode ser melhorado, afinal sem desafios não vamos a lugar algum. Contudo, não significa que esteja ruim do jeito que está.
Vejo pessoas que me desafiam a viver bem, mesmo sem saber. Vejo a vida se renovando todos os dias. Vejo que entendo melhor os que me rodeiam a cada olhar. Vejo que é muito melhor sorrir do que chorar. Por quê? Porque sim! Porque quando me lembro de momentos especiais, me lembro das risadas, das piadas, dos abraços, dos olhares, das mãos, das vozes... Não lembro de lágrimas (e olha que sou chorona), lembro de sorrisos, mas na real lembro de pessoas. E pessoas sorriem e choram, as vezes de tanto sorrir. Pessoas emburram, ficam mudas. Think clearly e se dê conta que não faz mal não ter motivo para estar feliz, que não faz mal passar umas horas na caverna verde. O que importa é viver, do jeito que for, mas viver do seu jeito. Devo estar na fase da mania!
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